sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Aprendendo a ser pai - "Parte I"

Ultimamente o meu nome vem sendo trocado de Patrick para "Papis", "Papai", "Papito", "Paizão"... e por aí vai. Isso é muito legal, pois eu acho que a Anne vai me chamar de uma dessas maneiras.


Aos poucos mais e mais fichas vão caindo (eu sou do tempo da ficha telefônica - "tiozão", ou melhor - PAPAI), e eu tenho certeza que a última só cairá quando eu pegar a minha filha no colo, e lá a coisa toda mudará.


Eu coloquei o título desse post como "Aprendendo a ser papai - Parte I" porque eu estou certo que ser pai é um aprendizado muito longo, talvez de uma vida toda.


Meu pai sempre usou um "jargão" que diz o seguinte:
- Você só entenderá o que eu estou falando (ou fazendo) quando for pai.
E eu acho que isso é a mais pura verdade...


Enquanto eu não assumo permanentemente o papel de pai, eu vou aprendendo algumas das técnicas dessa arte. 


Há alguns meses as nossas amigas Ive e Aline, que são respectivamente a mamãe e a titia Dinda do Miguel - amiguinho da Anne, nos deram um livro bem interessante da encantadora de bebês Tracy Hogg. 


A Tracy Hogg deixou este mundo em 2004, mas deixou seu legado tendo inventado técnicas, e aperfeiçoado os modos como devemos cuidar de bebês. Em Os Segredos de uma Encantadora de Bebês, Tracy propõe um método muito interessante chamado de E.A.S.Y. (em inglês - eating, activity, sleeping, yourself), que impõe rotinas diárias de alimentação, brincadeiras e sono, além de um tempo só para os pais, o que é muito importante devido a dedicação dispensada aos bebês.


Além do livro, nós fizemos o curso intensivo para gestantes do hospital São Luiz, que foi uma experiência muito enriquecedora em vários sentidos.


O curso é aplicado pelas enfermeiras obstetras do próprio hospital. O nosso "intensivão" foi conduzido com maestria pela enfermeira Márcia, que domina muito o assunto e transmite de maneira simples e fácil, informações super complexas para os papais de primeira viagem, quebrando tabus e mitos muito comuns em nossa sociedade. 
No curso, o tema rotina também foi abordado, e assim como a Encantadora de Bebês, as enfermeiras enfatizaram a importância de se estabelecer regrinhas.
Para se ter uma ideia do quanto eu aprendi no curso, eu saí de lá achando que já tinha cuidado de uns 10 bebês. Bem, não foi bem assim, mas certamente saí de lá muito mais confiante.


Coisas simples como a sequência do banho por exemplo, estão bem gravadas na minha cabeça pois eu venho repetindo diariamente como se fossem um mantra... "Limpar olhinhos com algodão umedecido em água morna. Usar um algodão para cada olho, e descartar depois. Utilizando um cotonete lateralizado, limpar o nariz girando a haste flexível de cima para baixo..." e assim vai.
Além do mantra do banho, eu criei também o do sono, o do mamá, o da troca de fralda. Assim que eu terminar de ler o livro, já terei mais meia dúzia de mantras.


É claro que as regras foram criadas simplesmente para indicar um Norte, pois cada bebê é único, mas uma boa base aliada ao feeling de pai (e mãe) certamente é fundamental.


Tanto no livro quanto no curso, o sentimento de respeito com a criança é sempre colocado em primeiro lugar. Os bebês não devem ser tratados como objetos, os quais vamos simplesmente manipulando, trocando fraldas, dando banho ou alimentando. Deve haver uma sinergia, uma troca de gentilezas, uma aproximação delicada. Devemos conversar, pedir licença, falar o que estamos fazendo, por mais que possa parecer estranho. 


Logo mais a Anne estará por aqui, e eu não vejo a hora de colocar em prática tudo o que aprendi.


Essa é só a Parte I do meu aprendizado, mas vamos lá, um passo de cada vez...





2 comentários:

  1. Que bonitinho, Patrick! Dá pra ver que você vai ser um papai e tanto!!! Só não obrigue a Anne comer queijo se ela não gostar, como a tia Tititi, ok?? Hehehe!!!

    E que lindo que o Miguel está! Gordinho fofo! Parabéns Ive e Aline!! :)

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  2. Ahhhhhhh!! Que fofos! Patrick, Oliver, Annezinha e, agora lendo aqui, a tia Tititi.
    O livro realmente ajudou muito a todas nós aqui em casa. Mesmo minha mãe, com experiência de sobra, e eu, tendo sido au pair de recém nascido, ainda aprendi muito! Não sabia que a Tracy havia partido, mas concordo que o legado dela é riquíssimo! Pena que o programa dela não passa mais na Discovery Home and Health! E... óh! Quando quiserem fazer estágio com o Miguel, fiquem à vontade! São mais que bem-vindos! Vou tentar levá-lo aí na semana que vem.
    bjao

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