segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Amor de pai...

Olá,


Eu sei que faz muito tempo desde o último post por aqui, mas é porque as coisas realmente andam meio corridas. Sobra inspiração para escrever, mas falta tempo.


É muito bom pensar o quanto a Anne mudou e vem mudando as nossas vidas, além da de todos os que estão ao nosso redor. E mudou de uma maneira positiva é claro!


Meus pais sempre me disseram o seguinte - "Amor de pai e mãe é algo único!!" - e realmente é!! Mas eu também vejo que amor de avô e avó, de titio e titia também são. 
Há tempos eu não via uma felicidade tão verdadeira como a que eu tenho visto nesses últimos tempos, ou melhor dizendo, essa felicidade vem aflorando desde o dia em que reunimos os nossos familiares para dar a feliz notícia de que seriamos pais.


Uma outra frase meio "chavão" que eu sempre ouvi, fala que nós mudamos quando nos tornamos pais, e eu devo concordar - e nossa, como mudamos. 


Pode parecer clichê, mas para se ter uma ideia as coisas que antes me pareciam chatas, obrigatórias ou até mesmo corriqueiras, acabam tomando um novo formato quando eu penso na Anne. Eu comecei a valorizar alguns acontecimentos, detalhes e atitudes que eu nem percebia ou talvez não fizesse questão de perceber. O sentido das coisas mudam a cada olhar, a cada sorriso e a cada choro da minha pequena. Tentando resumir o que isso significa, eu só consigo pensar o seguinte:

- A Anne me faz uma pessoa melhor!! 


Energias e crendices a parte, existe uma conexão muito forte entre nós. Desde o momento em que ela engoliu o choro quando me ouviu falando logo após o parto, essa comunicação que transcende a voz aumenta a cada dia. Talvez essa relação quase telepática se perca com o tempo, pois a fala acaba tomando o seu lugar, e enquanto isso não acontece eu vou aproveitando cada momento. Os sorrisos dormindo quando saio pra trabalhar, os suspiros profundos, o abraço em meu braços quando tiramos um cochilo, os choros, os olhares que falam por si só...


É, realmente amor de pai é algo único!!





segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A ANNE NASCEU!!!!!!!!!

A Anne nasceu!!!


Amor, emoção, felicidade, medo, alegria... 

Eu poderia escrever dúzias ou até mesmo centenas de palavras, mas certamente eu não conseguiria descrever os sentimentos e as sensações que passaram por mim no momento em que a Anne nasceu.




Com 36 semanas e 2 dias, pesando 2,765 Kg e 48 cm, a Anne saiu da barriga da mamãe aos berros, e com seu forte choro, informou a todos os outros bebês do centro cirúrgico - CHEGUEI PESSOAL!!!


Assim como o papai, ela também foi apressada na hora de vir pra esse mundão, e no dia 22 de outubro de 2011, a nossa princesa chegou!

Vou tentar resumir a reta final da gravidez, que começou mais ou menos assim:


Na sexta feira - 21/10, eu levantei por volta de 5h16 para trabalhar, e antes mesmo que eu acordasse de verdade, a Oli saiu do banheiro me dizendo:


- Pa, acho que a bolsa estourou, saiu muito líquido...


Respirei fundo 3 vezes, coloquei as ideias no lugar, acordei a minha mente por completo, avisei no trabalho, peguei a bolsinha da Anne e a mala da Olivia, e então rumamos para o hospital.


Quando chegamos lá, os médicos constataram que o tal líquido era na verdade um sangramento devido a sua placenta prévia, então informaram a Dra. Rosália, entraram com os devidos medicamentos e internaram as meninas. 


Estando no hospital, ficamos mais tranquilos, pois lá as duas estariam assistidas. 
Nessa mesma noite, dei um pulo em casa para dar uma geral, e voltei para o hospital por volta de 4h06 já do dia 22, e quando cheguei, a Oli reclamava de dores e contrações. 
Como eu estava na minha segunda noite sem dormir, passei a consolá-la meio acordado, meio dormindo. Quando a dor aumentou de intensidade, chamamos as enfermeiras que deram buscopan, iniciaram o exame de cardio toco (mede as contrações, movimentos e o coraçãozinho do bebê) e ligaram pra Dra. Rosália.


Eu continuava meio dormindo por volta de 6h da manhã, quando a enfermeira voltou para o quarto e exclamou:


- Olivia, falei com a Dra., e ela vai fazer o parto agora. Coloque essa roupa e assine esses papéis. Já volto pra te pegar.
- Pai, você vai assistir ao parto?


PARTO???? Eu devo estar dormindo ainda... não é possível. 


- V. V.. V... Vou sim!! Eu respondi.


- Então tá, suba até o segundo andar e coloque a sua roupa. Desça na recepção e pegue o formulário P-33B, preencha e assine a sua autorização. Suba até o 1º andar, passe dois corredores, e entre na segunda sala a direita e aguarde lá!!!


Ãhhnn????


Naquele momento de adrenalina eu processei o seguinte:


- A Anne vai nascer, suba e troque de roupa. A Anne vai nascer, desça na recepção. A Anne vai nascer, suba até o primeiro andar porque a Anne vai nascer!!


Minha filha estava nascendo, não tinha como eu entender nada do que ela estava falando.


Fui até o segundo andar, troquei de roupa, e sem saber o que fazer, rumei direto para o centro cirúrgico. Essa era a única coisa que eu conseguia fazer naquele momento.


Eu cheguei meio correndo ao centro cirúrgico, preocupado com o formulário que eu já nem lembrava o local de retirada, mas pra minha sorte a moça do centro cirúrgico me acalmou e falou que não havia problema, pois eu poderia preencher depois.


Na recepção do centro cirúrgico haviam 4 papais, todos com cara de bobo e todos pais de meninas. Nesses momentos sempre saem umas piadinhas sem graça, mas que todo mundo acaba rindo, e é lógico que é por puro nervosismo - deveriam instalar câmeras para registrar as caras de bobo e os comentário dos papais, seria cômico!


Aos poucos, cada papai foi se dirigindo para o seu centro cirúrgico, e no final eu fiquei sozinho com cara de pastel. Logo pensei, vou ao banheiro para passar ao tempo, mas quando perguntei para a enfermeira se daria tempo, ela falou que não porque já estaria cortando.


- Cortando???? Como assim, eu não deveria estar lá?? 


- Já vão chamá-lo senhor... cortando é modo de dizer!!!


- Ufa...


Bom, os minutos seguintes passaram em segundos. Quando eu percebi, eu já estava no centro cirúrgico recebendo as instruções de como proceder lá dentro. 


A Olivia estava super bem, sem inchaços e com um sorrisão no rosto. Parecia que estava até maquiada. Sabe aquelas mães dos programas do Discovery Home & Health? Então...


Acompanhei tudo mesmo - o corte, as explicações do que a médica estava fazendo, os passos da anestesista, a tela com as informações de pressão, coração e sei lá mais o que. Na verdade eu não sabia ao certo pra onde olhar, e tudo passava muito, muito rápido. 


Havia muita informação, a adrenalina estava alta, e de repente quando eu me distraí conversando com a Olivia... BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!!!!!!!!!!!!!!!!!! Olhei pra mão da médica e tava lá, aquele "téquinho" de gente fazendo o maior barulho.


Nossa, nasceu! - eu pensei.


Então a Dra. Rosália perguntou se eu eu queria cortar o cordão, e sem pensar duas vezes me coloquei a postos com luvas e tesoura na mão, e as 7h50 cortei o laço que a mantinha totalmente dependente da mamãe. Agora a nossa pequena Anne estava por conta própria, e eu confesso que não tem como não se emocionar, me derreti igual a manteiga. Só de lembrar escrevendo isso aqui, eu já fiquei com um nó na garganta.


A choradeira da Anne prosseguiu durante o teste de Apgar, e só parou quando eu falei com ela. Foi algo do tipo, "hmm... acho que conheço essa voz... é o papai!!!"


Em seguida, ela foi conhecer a mamãe, e essa aqui é a primeira foto da família >>>>>>>>>>>>


Olha como a Anne estava inchadinha... 


Ah, quando a Anne ouviu a voz da mamãe também parou de chorar.


Nos minutos seguintes ela ficou no meu colo só se aquecendo, e depois subiu para os demais testes e para o primeiro banho, que é lógico que eu também acompanhei.


As duas se recuperaram super bem da cirurgia e tiveram alta quatro dias depois. 


Vou deixar mais algumas fotinhos que tiramos ainda na maternidade. 


Uma das primeiras fotinhos depois que ela voltou pro quarto...
... e a roupinha de saída da maternidade.








































Eu não postei nada aqui no blog no último mês, porque ainda estou aprendendo a gerenciar o meu tempo, mas logo mais as coisas entrarão nos eixos.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Aprendendo a ser pai - "Parte I"

Ultimamente o meu nome vem sendo trocado de Patrick para "Papis", "Papai", "Papito", "Paizão"... e por aí vai. Isso é muito legal, pois eu acho que a Anne vai me chamar de uma dessas maneiras.


Aos poucos mais e mais fichas vão caindo (eu sou do tempo da ficha telefônica - "tiozão", ou melhor - PAPAI), e eu tenho certeza que a última só cairá quando eu pegar a minha filha no colo, e lá a coisa toda mudará.


Eu coloquei o título desse post como "Aprendendo a ser papai - Parte I" porque eu estou certo que ser pai é um aprendizado muito longo, talvez de uma vida toda.


Meu pai sempre usou um "jargão" que diz o seguinte:
- Você só entenderá o que eu estou falando (ou fazendo) quando for pai.
E eu acho que isso é a mais pura verdade...


Enquanto eu não assumo permanentemente o papel de pai, eu vou aprendendo algumas das técnicas dessa arte. 


Há alguns meses as nossas amigas Ive e Aline, que são respectivamente a mamãe e a titia Dinda do Miguel - amiguinho da Anne, nos deram um livro bem interessante da encantadora de bebês Tracy Hogg. 


A Tracy Hogg deixou este mundo em 2004, mas deixou seu legado tendo inventado técnicas, e aperfeiçoado os modos como devemos cuidar de bebês. Em Os Segredos de uma Encantadora de Bebês, Tracy propõe um método muito interessante chamado de E.A.S.Y. (em inglês - eating, activity, sleeping, yourself), que impõe rotinas diárias de alimentação, brincadeiras e sono, além de um tempo só para os pais, o que é muito importante devido a dedicação dispensada aos bebês.


Além do livro, nós fizemos o curso intensivo para gestantes do hospital São Luiz, que foi uma experiência muito enriquecedora em vários sentidos.


O curso é aplicado pelas enfermeiras obstetras do próprio hospital. O nosso "intensivão" foi conduzido com maestria pela enfermeira Márcia, que domina muito o assunto e transmite de maneira simples e fácil, informações super complexas para os papais de primeira viagem, quebrando tabus e mitos muito comuns em nossa sociedade. 
No curso, o tema rotina também foi abordado, e assim como a Encantadora de Bebês, as enfermeiras enfatizaram a importância de se estabelecer regrinhas.
Para se ter uma ideia do quanto eu aprendi no curso, eu saí de lá achando que já tinha cuidado de uns 10 bebês. Bem, não foi bem assim, mas certamente saí de lá muito mais confiante.


Coisas simples como a sequência do banho por exemplo, estão bem gravadas na minha cabeça pois eu venho repetindo diariamente como se fossem um mantra... "Limpar olhinhos com algodão umedecido em água morna. Usar um algodão para cada olho, e descartar depois. Utilizando um cotonete lateralizado, limpar o nariz girando a haste flexível de cima para baixo..." e assim vai.
Além do mantra do banho, eu criei também o do sono, o do mamá, o da troca de fralda. Assim que eu terminar de ler o livro, já terei mais meia dúzia de mantras.


É claro que as regras foram criadas simplesmente para indicar um Norte, pois cada bebê é único, mas uma boa base aliada ao feeling de pai (e mãe) certamente é fundamental.


Tanto no livro quanto no curso, o sentimento de respeito com a criança é sempre colocado em primeiro lugar. Os bebês não devem ser tratados como objetos, os quais vamos simplesmente manipulando, trocando fraldas, dando banho ou alimentando. Deve haver uma sinergia, uma troca de gentilezas, uma aproximação delicada. Devemos conversar, pedir licença, falar o que estamos fazendo, por mais que possa parecer estranho. 


Logo mais a Anne estará por aqui, e eu não vejo a hora de colocar em prática tudo o que aprendi.


Essa é só a Parte I do meu aprendizado, mas vamos lá, um passo de cada vez...





sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Enxoval do bebê

Antes mesmo de planejarmos a vinda da Anne, já sabíamos que quando a Olivia engravidasse, nós viajaríamos para comprar o enxoval do bebê. Só não havíamos planejado que a viagem seria feita aos 45' do segundo tempo, já que a Olí estava com 28 semanas de gravidez.


A partir do sétimo mês de gestação, existem varias restrições para as mamães voarem em cabines pressurizadas, e é obrigatório que a mamãe esteja portando uma autorização médica atestando que está tudo OK para voar. 


Pois bem, aos 7 meses de gravidez e ignorando completamente o terremoto e o furacão Irene que viajava a apenas um dia a nossa frente, partimos para Washington DC.


A nossa ideia inicial seria fazer as compras em Miami (o Paragua... não, não... o paraíso das águas verdes e das compras), mas como a nossa grande amiga Aninha esta morando lá pelas bandas de Maryland, e está PhD em babies, rumamos a seu convite lá para as terras do tio Sam.


Acabamos atrasando em um dia a nossa ida, porque o voo saiu com restrições operacionais graças a "Irene".
Durante o voo de ida a Anne ficou bem inquieta. Acho que ela não gostou muito desse sobe e desce e da tal da pressurização. Para a nossa sorte, um dos comissários era meu amigo e o tratamento foi VIP durante todo o voo... "Thanks Gustavo!!"


Chegando em Washington, retiramos o carro previamente reservado e rumamos para Potomac, MD - a cidade da Ana, mas antes demos uma olhada bem rápida na capital americana através da janela do carro. 
A primeira impressão foi das melhores possíveis.


Como o nosso tempo era bem curto, e também pelo fato da Oli não poder andar muito, não perdemos tempo e rumamos direto para as lojas. Chegamos em Potomac e logo partimos para as compras. De cara paramos em uma Marshalls e lá compramos as primeiras roupinhas da Anne.


Nós sabíamos lá atrás que faríamos as compras nos EUA, por causa dos baixos preços. O que nós não sabíamos é que ficaríamos boquiabertos com a oferta de produtos disponíveis, e também ficaríamos com cara de bobo por pagar tão caro em produtos semelhantes aqui no Brasil.
Para se ter uma ideia, o carrinho que pesquisamos inicialmente custa em média R$1300,00 por aqui, sendo que o mesmo sai por US$230.00 lá... absurdo. Enfim...


Saímos da Marshalls e fomos em busca de um Walmart, que o GPS indicava a algumas milhas de onde estávamos. Quando chegamos, tinha um Sam's Club no lugar, que decepção. Não perdemos viagem, pois tinha uma ToysRus no mesmo centro comercial, mas infelizmente não achamos nada de especial na loja.


Carter's em que a Olivia quase enlouqueceu
A tarde já estava caindo quando decidimos rumar de volta para Potomac. Eu não sei qual das duas, ou melhor, das três - Olivia, Anne ou a Ana que por um golpe de vista enxergou uma Carter's em um centro comercial próximo de onde estávamos. 
A Carter's é o paraíso dos bebês e crianças. Chega a impressionar a quantidade e variedade de roupinhas que eles vendem e para a nossa sorte (muita sorte), a loja toda estava com 50% de desconto. 


Imagine aquela cena de filme, onde a pessoa sai enlouquecidamente comprando tudo o que está em seu caminho. Bom, a Olivia estava mais ou menos assim. Eu confesso que agora eu acho engraçado porque saiu muito barato, mas na hora eu fiquei meio preocupado.


Nos dias que seguiram visitamos outras lojas bem legais e ainda compramos na Buy Buy Baby o carrinho, o bebê conforto e otras cositas más.

Olivia, Anne, Ana e eu

Estando fora do Brasil mesmo que seja somente para compras, fica difícil não deixar um tempinho para passear, a não ser que você esteja em Ciudad del Este ou coisa pior. Como não somos de ferro, aproveitamos dois dias para conhecer a cidade. 

Devo admitir que fiquei impressionado com Washington, que cidade linda!! DC tem uma cara meio européia; com muitos prédios e construções antigas, é cuidadosamente limpa e organizada. Impecável!!
Pelo fato de termos administrado e otimizado os nossos horários assim que chegamos, ainda nos sobrou tempo para conhecer a Casa Branca, o Capitólio, os principais pontos turísticos da cidade, jantar em ótimos restaurantes, visitar o Smithsonian Air & Space Museum - Udvar-Hazy Center (realizei um sonho), brincar com os esquilos e os patos no parque... ufa. Pensando bem, acho que sobrou tempo.
Uma pena que alguns lugares estavam fechados por danos causados pelo terremoto.
Voltarei para lá com mais tempo certamente!


No final compramos tudo, ou quase tudo o que pretendíamos comprar e ainda passeamos um pouquinho.


Deixo a dica aos papais e mamães que não queiram gastar uma pilha de dinheiro por aqui >> Deem um pulo lá nas terras do Obama, e paguem um valor justo por um enxoval. Mesmo com os gastos das passagens aéreas, ainda vale a pena viajar para lá e aproveitar as ofertas!!


Seguem alguns links de lugares para gastar os seus doletas:


Carters
Gap Baby
Osh Kosh B'gosh
Macy's
Buy Buy Baby
Marshalls
Toys "R" Us


Ah, antes que eu me esqueça, no voo de volta a Anne também reclamou e se mexeu muito, mas a Olivia conseguiu descansar um pouquinho.
Eu to achando que a Anne não gosta de avião, vamos esperar para ver...


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Fotinhos da Anne

Quinta-feira (22/09) a Anne completou 32 semanas, e para comemorar o seu aniversário, nós visitamos a Dra. Ana Letícia. Bom, na verdade nós fomos ao médico para exames de rotina e também para ver a nossa pequena, além de tirar mais algumas fotinhos dela.
Antes que eu coloque as imagens do último ultrassom, eu preciso colocar as fotos do exame 4D que fizemos no mês passado.


O ultrassom 4D, é um exame que gera imagens tridimensionais em movimento (3D+movimento=4D), é mais ou menos como assistir uma TV em preto e branco, só que meio alaranjada.


Os exames de ultrassonografia não são algo muito moderno. Quando eu estava na barriga da minha mãe, também fiz exames de ultrassom, mas claro que não era nada comparado com o que há atualmente. Conversando com a minha mãe um dia desses, ela comentou que durante os meus exames, só mesmo o médico conseguia entender as imagens distorcidas no monitor de fósforo verde. É claro que os pais faziam aquela cara de "NOSSA, QUE MARAVILHA!!...", mas acho que eles se emocionavam somente com o barulho do coraçãozinho, que nos bebês pulsa rapidamente.



Assim como nos demais ultrassons que sempre nos deixaram com os olhos marejados, esse ainda teve um apelo visual muito grande, já que mostrou a carinha da nossa filha.
Não diferente dos outros exames, a Anne começou fazendo um charminho. Estava sonolenta, virou de lado, colocou as mãozinhas na frente do rosto, e só tirou depois de alguns cutucões da Dra. Ana Letícia.
Passada a timidez inicial, dali pra frente se sentiu a modelo. Fez caras e bocas, sorriu, mandou beijinho e ainda deu umas piscadinhas. Um charme!!


Seguem algumas fotinhos do "book" da Anne:
Dorminhoca

Gorduchinha

Que perfilzinho lindo!!



Eu imagino que até mesmo as mamães e papais urubus acham os seus filhotes bonitos, e olha que eles são bem feios hein, enfim... sem querer ser muito coruja... Ela tá linda, não tá?!

Antes que eu me esqueça, seguem as fotinhos mais atuais da gorducha que já está pesando 1,850kg e medindo 42cm.



Vendo essas imagens super nítidas e também pensando nos pais de antigamente, eu me lembrei de um episódio engraçadíssimo do seriado Friends, quando a Rachel e o Ross foram fazer o seu primeiro ultrassom. Vale a pena clicar aqui para assistir!!




segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O quarto do bebê

É interessante ver como as coisas giram em universo fechado de coincidências. Aqueles que me conhecem, sabem que eu sou um apaixonado por comida e tudo relacionado a esse assunto.

Quando decidimos escolher as tintas para o quartinho da Anne não foi diferente, e todas as cores que gostávamos tinham nomes "comestíveis" como: mousse de cacau, cookie, cogumelo japonês, pitanga selvagem, e por aí vai.
Após uma longa lista de opções, mas já com os tons que queríamos em mente, as cores que escolhemos foram marshmallow, sorbet de cereja, blush chocolate e trufa de chocolate.

Como eu havia comentado anteriormente, eu resolvi meter a mão na massa e fazer o quartinho por conta própria, mas antes disso decidimos ligar para uma decoradora só para termos uma ideia de quanto sairia, além do fato da Olivia não querer me ver estressado, caso alguma coisa não saísse conforme o planejado. Conclusão, quando vimos o orçamento, arregacei as mangas na hora.

Mas é claro que só é aconselhável fazer a pintura por conta própria, se houver tempo disponível, amor, e também muita paciência. Detalhe, as mamães não devem ajudar na pintura. Por mais que as tintas modernas não tenham cheiro forte, elas fazem mal para os bebês.

Eu levei aproximadamente três dias para preparar, pintar e finalizar o quartinho da Anne. É lógico que eu não sou nem um profissional, expert, pintor ou qualquer coisa do gênero, mas vou deixar aqui algumas dicas para quem quiser se arriscar no "faça você mesmo". É só seguir os meus passos...

Esse aí sou eu terminando de lixar as paredes
A primeira etapa deve ser a preparação da parede. Lixas, taco, massas e algumas ferramentas, além de muito boa vontade são necessárias nessa etapa. Se a base estiver legal, dificilmente o acabamento ficará ruim.
É importante remover qualquer parte que apresente oleosidade, utilizando uma solução de água morna com um pouquinho de sabão neutro e álcool.
Eu "quebrei" a tinta antiga da parede com uma lixa nº180, tirando o brilho e abrindo os poros para receber a nova cor. Isso proporciona melhor aderência da tinta.
Também é importante passar um pano molhado para retirar o excesso de pó deixado pela tinta que foi lixada.

A minha ideia sempre foi fazer um quarto meio vintage, utilizando cores que combinassem entre si, mas que remetessem a balas, docinhos, sorvetes e afins. Então acabamos decidindo fazer meia parede listrada, como se fosse uma forminha de cupcake. 

Com a base pronta, isolei com fita crepe os rodapés, a sanca, janela e porta. Forrei o chão com lona plástica e só então abri o marshmallow, que usei como tinta de base.
Segui as instruções do fabricante, e dilui a tinta conforme indicado na lata. Com rolo de pelo de carneiro baixo, apliquei duas demãos de tinta que foram suficientes para dar uma ótima cobertura e uniformidade de cor na parede. Com um pincel apliquei a tinta nos cantinhos.

"Marshmallow" sobre a parede, isolei as faixas, desenhando as listras que eu queria deixar em marshmallow, repetindo o padrão de faixas a cada 1,5m. Se você não entendeu, a fotinho ai embaixo ilustra melhor.

Nós decidimos utilizar quatro cores diferentes no quarto, e para a aplicação delas, eu segui a sequencia lógica de utilizar primeiro as cores menos pigmentadas e depois as mais fortes, sendo assim a ordem ficou o marshmallow, que é um creme clarinho como base, o sorbet de cereja, que é um rosinha, o blush chocolate, que é meio acinzentado (nós pensavamos que era café com leite), e por último o trufa de chocolate, que tem cor de trufa de chocolate.

Apliquei o rosa sobre a meia parede inteira, pois ainda não havia decidido que padrão de listras eu seguiria para essa cor.

Eu sempre gostei de procurar e encontrar padrões de repetição de cores em listras e xadrezes, e sempre preferi aqueles que fogem do óbvio, e para o quartinho da nossa bebê não seria diferente. Vou deixar as fotos aí embaixo ilustrando toda a minha ideia.

Rosa aplicado










Café com leite aplicado sobre o rosa
Finalizando com a aplicação do trufa de chocolate
                 
 Após a pintura de todas as faixas foi só esperar secar, e retirar cuidadosamente as fitas para não remover a tinta debaixo. Se você estiver fazendo a sua parede, e houver dificuldade na hora de retirar as fitas, passe um estilete no cantinho das faixas para facilitar a remoção da crepe.


Para finalizar e dar acabamento, comprei uma moldura para aplicar no meio da parede. Esse arremate é fabricado em polipropileno (poliestireno, poliuretano - não me lembro bem... ), e depois de aplicado e pintado, lembra um acabamento de gesso.



Só falta colocar as tomadas novas, e pronto!


Agora que o quarto da Anne está pronto, é só esperarmos pela chegada dos móveis e do bebê é claro...





segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Olá!!

Meu nome é Patrick Ambrogi, e hoje, 15 de agosto de 2011, estou com 31 anos, 6 meses e 20 dias de idade. Nasci no oitavo mês de gestação, em um sábado de sol ás 14h do dia 26 de janeiro de 1980, com 2,450 kg e 48 cm.


Há 5 meses, em um sábado de março, tive a felicidade de saber que a minha esposa Olivia estava grávida. Ou melhor, estávamos grávidos.
É difícil descrever os sentimentos e sensações que passaram por mim, quando olhamos o resultado do teste de gravidez pela internet. Foi uma mistura de emoções, alegrias e medos. 
A ficha não cai de uma só vez, pelo menos para mim não caiu naquele momento. 
A Oli já sentia que estava grávida, mas eu sou daqueles que só acredito vendo.
A nossa pequena já estava sendo planejada há uns seis meses. Eu digo pequena agora, mas até então não sabíamos se seria menino ou menina. Na verdade a Olivia sempre soube que o nosso primeiro filho seria uma menina, e sempre afirmou isso aos quatro ventos, deve ser coisa de futura mamãe mesmo.
Com o resultado positivo em mãos, marcamos consulta com a Dra. Rosália Kakumu, médica da Olivia que além de nos parabenizar, nos encaminhou para o primeiro ultrassom. 


A primeira ultrassonografia é um momento um tanto quanto mágico. Não consigo esquecer a expressão de felicidade da Oli. 
Eu parecia uma batatinha "smile" de tão feliz. Eu acho que estava com cara de bobo, pastel, sei lá... Ouvir o coração daquele pontinho piscando na tela com apenas 58 mm é de desmanchar qualquer rocha. 
Essa é a primeira foto que tiramos do até então "bebê", que nós apelidamos de TUMTUM, por causa do seu coraçãozinho:


















No segundo ultrassom, a Dra. Ana Letícia já desconfiava que o bebê seria uma menina, mas nos orientou o seguinte:
- Mamãe e papai, por favor não pintem o quarto, não comprem o enxoval, e nem avisem os familiares, mas pelo que eu estou vendo aqui..., me parece uma menina mesmo!!
Palpite de mãe é sempre forte, afirmou a médica, que então nomeou a criança somente como NENE. Depois desse exame, a apelidamos de Pipoquinha, tamanha a quantidade de pulos, voltas e loopings que ela deu em "frente as câmeras". 


De todos os nossos amigos que palpitaram em qual seria o sexo da criança, somente um afirmava que seria um menino. Segundo ele, o nariz da futura mamãe fica de um jeito diferente quando se espera por um menino. Sinceramente, o nariz da Olivia não mudou nada. Kkk...
Outros, batiam o olho na pequena barriguinha e diziam:
- Ahh, pelo formato, é menina!!


Eu nunca acreditei nesses detalhes morfológicos que se alteram em decorrência do sexo do bebê, mas muitos, principalmente os mais "antigos" afirmam que o corpo realmente da sinais. 
Independentemente dos palpites, eu também já tinha entrado na onda da Olivia e já quase afirmava que seria uma menina.


Acho que essa parte é meio complicada - a escolha do nome.


Grande parte das meninas já crescem acostumadas a batizar bonecas, ursinhos, bichinhos e etc, ou seja em alguma parte de seus HDs elas já sabem que nome querem para os seus filhos. 
Como a ideia de menina já era quase concreta, começamos a conversar sobre quais nomes colocaríamos, e claro que a Olivia já tinha algumas cartas na manga. Tem um nome que ela sempre comentou achar lindo, mas que sempre me deixou em cima do muro, então eu também comecei a jogar as minhas cartas na mesa.
A nossa lista de nomes nunca foi muito grande, a Olivia pensava em uns dois ou três, e eu, em mais um ou dois. 
Mas houve só um nome que foi unânime, amor a primeira vista - ANNE!! E esse estava no meu set list!!
Anne Tsutsumi Ambrogi.
Agora a nossa pequena já tinha nome,  só precisávamos ter a certeza de que seria uma menina.


No dia 02/06/2011, enquanto aguardávamos ansiosamente na recepção, a Anne já dava rodopios mostrando pra todo mundo que era uma menininha sapeca, porém na hora do exame, fué, fué, fué... Ela ficou quietinha. E olha que nós esperávamos que ela estivesse agitada, porque a Olivia comeu chocolate antes do exame. Dizem que os bebês ficam mais espertinhos no dia em que as mamães comem essas delícias.


Durante o exame, eu quase levantei a plaquinha - "já sabia"!! É claro que era uma menina.
MENINAAAAAAAAAAAAAAAAAA escreveu a médica no exame.


















A partir desse dia, já podíamos afirmar com toda certeza à quem perguntasse. É menina!


Com o resultado do exame, vieram os presentinhos femininos e as idéias de decoração para o quarto dela. Ela já tem quase uma mala de roupinhas e afins.


Para a decoração, pensamos em algo meio vintage, meio lollipop, sei lá. Como eu sempre gostei de meter a mão na massa, e sempre tive dificuldade em traduzir as ideias que tenho na cabeça (como essa que eu comentei anteriormente sobre a decoração), resolvi fazer o quarto por conta própria. Tratei de comprar as tintas e acabamentos para o quarto, e logo logo eu vou arregaçar as mangas. Espero terminar o quartinho ainda essa semana, e assim que estiver pronto, colocarei as fotos aqui no blog.


Na semana que vêm, faremos o ultrassom 4D. Estamos super ansiosos.


Essa é última foto que tiramos da Anne, no dia 04 de julho:


















Voltarei muito em breve. Até...